Daxton Wenthworth é um perdido. Pelo menos aos olhos de sua mãe e de qualquer adulto que tenha deixado as maluquices na adolescência. Aos dezenove anos, ele exibe um currículo de causar inveja em qualquer aspirante à bad boy: uma reprovação, algumas tatuagens, uma lista quase interminável de defeitos, o questionável hábito de fumar e uma leve tendência ao alcoolismo. Um verdadeiro prodígio. Adelaide Prescott é uma menina de ouro. De personalidade tranquila e um estilo característico, a garota é tida como um verdadeiro exemplo. Estudiosa, dedicada e atenciosa, ela divide seus dias entre terminar o último ano do colégio e ser voluntária no orfanato da cidade, vendo, nas crianças, sua chance de fazer do mundo um lugar melhor. Quando Daxton se vê obrigado a passar um tempo sob o teto dos Prescott, ele é, de antemão, alertado por sua mãe: Adelaide é totalmente fora de seu alcance, é o fruto proibido. Se envolver com ela seria um item a mais na lista de desgostos que o garoto colecionou ao longo dos anos, e, de todos os seus desejos atuais, aumentá-la não é um deles. Cumprir aquela ordem não seria algo impossível, pelo menos ele pensou que não. Com tantas garotas no mundo, Addie Prescott poderia muito bem passar despercebida, ainda mais com seu jeitinho de menina inocente. Porém, conforme os dias avançam e a convivência obrigatória aproxima dois seres tão opostos entre si, Dax começa a sentir os sutis efeitos que advêm de uma proibição: a curiosidade do desconhecido. Entre farpas, órfãos carinhosos, um ex maluco e a culpa pesando como chumbo na consciência, o garoto vê sua sanidade indo pelo ralo quando percebe que, na verdade, Adelaide é um sublime convite à transgressão. Travando uma luta interna entre manter-se longe de seu pesadelo ruivo ou se deixar levar pela sua doçura magnética, Dax começa a questionar sua capacidade de obedecer à sua mãe e não se apaixonar pela intrigante garota do quarto da frente.
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