A dor de um viajante

A_dor_de_um_viajante

Mais uma vez a vida atira- me ao chão
e com suas mãos frias apunhalou o coração

Fazendo com que a solidão delicia-se das minhas belas e ardentes paixões,
e bebe-se do meu puro e avermelhado sangue do amor
que percorria nesse corpinho que geme de dor

Foi doloroso ver a dor
Sorrindo das minhas dores,
Tentar levantar? não!
Pois as facadas falaram mais alto e o chão tornou-se o meu único e imutável consolador

Mas que dor é essa que caiu sobre mim!
Que estrangulou minha alma,
Que brincou com meu corpo
roendo os meus ossos

Que dor é essa!
Que bebê do meu sangue
E alimenta-se da minha carne
Que me sufoca!
Dentro e fora me transforma

Que dor é essa
Incolor que soa como bofa
Que sabe a lama,
que queima coração e seca lágrimas

Dor, que em minha caminhada me alcança
Mendigando nela esperando que a vida se canse.