"Lembro- me bem do dia traumático que vivi. Eu tinha um pouco menos de 8 anos. Como qualquer criança, eu gostava muito de brincar.
Sempre em uma rua perto da minha casa, me encontrava com amigos que moravam por perto, onde em frente à essa rua havia um grande terreno baldio." Eu soo frio, enquanto me gesticulo para Luanne, a psicóloga. Paro por um momento, me ajeito no assento em aflição e continuo.
"Todos os dias eu brincava naquela rua, e no mesmo horário, perto do escurecer.
Em uma Sexta- Feira, na minha despedida aos meus amigos. Um vulto repentino no terreno baldio me chamou atenção. A mata era fechada, naquele horário, conseguia ver apenas alguns feixes de luz do entardecer, as altas árvores projetavam sombras fantasmagóricas.
Em seguida uma risada curta e delicada ecoa pela escuridão da mata.
Encarando-a por alguns segundos, presencio uma mão pálida e lisa vindo de trás de uma das árvores, como se fosse de um cadáver.
Um cantarolar perturbador é vindo dali, com intensidade de baixa a alta. No seu clímax a figura demoníaca começava a aparecer por inteira e de trás da árvore permanecia, me encarando de volta com os seus olhos negros como diamante, porém ofuscados. Eles pareciam ter perdido a cor a bastante tempo.
Sua aparência, mesmo jovem, sorria maliciosamente para mim. Existia provocação.
Ousava tentar sair dali.
Brincava comigo, assim como uma criança brinca com um brinquedo.
Seu olhar ansiava em me ver ultrapassar o limite da mata. O olhar fixo aos meus, parecia ignorar qualquer sentimento que eu estava sentindo naquele momento.
Em desespero, tento comentar com os meus amigos sobre a menina, até apontei onde ela estava para eles, porém nenhum conseguiu enxerga-la.
A figura continuava a sorrir.
Após este, todos os dias foram os mesmos .....
Inclusive o de hoje.....
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Alice perdeu seus pais em um acidente de carro há seis anos, uma fatalidade que lhe rendera sombrios pesadelos e uma superstição que a faz evitar falar sobre tragédias, para não atraí-las. No entanto, essa tão antiga superstição não pôde evitar o aterrorizante acontecimento que ocorreu no acampamento Santa Clara e tudo o que o sucedeu.
Ana e Elisa são irmãs gêmeas que levam um relacionamento conturbado, marcado por histórias perturbadoras. Ao decidirem participar do acampamento anual do colégio que acabam de se matricular, não imaginam como findará essa viagem. E quem poderia imaginar, afinal? Um acampamento ao redor do lago que sempre fora conhecido por diversão e alegria entre adolescentes do ensino médio, torna-se um ponto de interrogação na vida de todos eles.
• História vencedora do prêmio Wattys 2016, na categoria Estreia Autoral.
• IG: @bruna.almeidac
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