A brisa é valente, tão corajosa quanto Pegasus parece ser, porque ele a empurra para o destino, a sequência de sua vida, esta que é tão vaga e traiçoeira. É antiquado, ela é diferente, os que estão próximos notam isso, não por suas vestes exageradas, e sim, por ela não se importar com os olhares, com a estranheza e incomodo que causa.
A atualidade é inquietante, um reflexo do que não se há como esquecer, porque o peso entorta as costas, os fios negros caem sobre o rosto sardento, e a lembrança de Magnus retorna de pouco em pouco, causando o lamento, a saudade que é incessante.
O aroma é de castanhas, o típico bálsamo que não se encontra em qualquer pessoa, mas Magnus tinha, esse cheiro sendo parte de sua prisão. Aproximadamente às cinco da tarde, ele fritava as castanhas, deixando algumas escondidas para ela, as castanhas que eram destinadas somente a deformidade de suas vidas - dele não mais, nem mesmo dela.
•|DARK ROMANCE +18|•
Elizabeth Shandon sempre acreditou que conseguiria fugir do passado.
Treze anos haviam se passado desde a noite que mudou sua vida para sempre. O momento que a fez finalmente entender o significado de caos.
Agora no auge de seus 27 anos, ela se vê tendo a vida que tanto desejou, era uma boa garota, tinha um bom emprego e se sentia satisfeita em ajudar as pessoas da pequena cidade onde cresceu. A paz que tanto buscou pairando sobre sua vida como um véu delicado. Ela finalmente estava bem.
Até ele aparecer.
O homem que deu início a sua destruição. O fantasma que se espreita por cada um de seus pesadelos mais sombrios. O homem que a marcou com a mais sombria escuridão e o preço seria sua alma.
Em cada passo sentia sua presença sombria, um lembrete de sua presença invisível. O presságio de toda a catástrofe inevitável. Ele estava de volta ansiando por seus medos e pesadelos, ressurgindo dos mortos com apenas um objetivo.
Vingança.
Suas ações percorriam pelas pequenas ruas da cidade, sussurros de desespero eram ouvidos em todos os lugares, como um veneno invisível que assombrava cada respiração que ousava ressoar em sua cidade. Entre as noites mais escuras sua marca ecoava com as palavras que ninguém ousava pronunciar.
Mas ela sabia.
Todos sabiam.
Seu nome não precisava ser dito.
Ele é o Carrasco.
O homem que sobreviveu ao inferno e está de volta para recuperar o que é seu.