Jackson tem uma família perfeita. Bem, ele tinha. Até que um bêbado irresponsável tirou tudo que ele conhecia e amava: o pai, a mãe, a irmã mais nova, a cadela Sissi, e sua perna. O carro usado no passeio ficou destruído, e a perna de Jack ficou presa nas ferragens e pra salvar a sua vida, precisaram amputar a partir do joelho. Além de todas as perdas, o garoto de 14 anos agora precisa de encarar a vida em um orfanato cheio de garotos desconhecidos, enquanto lida com o luto e com o fato de que ninguém mais o quer.
Johnatan nunca teve uma vida tranquila. Filho de pais alcóolatras, e fruto de uma escapadinha entre dois adolescentes, John cresceu de orfanato em orfanato. Algumas vezes o pai ou a mãe passavam algum tempo com ele, mas logo devolviam pra casa de Assistência Social. Isso até o ano passado, quando completou 15 anos e decidiu que não queria ser um brinquedo, e não iria mais ficar de um lado pro outro. Fugiu e ficou desaparecido por quase um mês, quando dona Rosário encontrou o rapaz usando o físico avantajado pra ludibriar o gerente, que o colocou pra trabalhar com carregamentos em uma transportadora, e o levou de volta ao lar de adoção onde trabalhava. Seria possível que pessoas tão quebradas possam continuar vivendo suas vidas mesmo sendo cheias de cicatrizes, ou existe um limite pra regeneração?