Sempre ouvi falar sobre o amor - como era bonito, transformador, capaz de mudar o mundo de quem o sentia. O amor, segundo definições que ecoam por aí, é estar a vontade, ficar porque te fazem bem e fazer bem porque isso é o mínimo que você deseja. O amor é companheirismo, presença, parceria. É reciproco, intenso e envolvente, onde só se ganha e nada se perde. Amar é doar-se por completo pra alguém sem medo do que esse alguém possa fazer contigo.
Mas o que é amar, de verdade?
Entre pinturas clássicas e esculturas eternas, o amor se manifesta de formas distintas: em Sra. Fiske Warren e sua filha Rachel, de John Singer Sargent, ele se revela como carinho e amizade; em O Beijo, de Auguste Rodin, ele pulsa em forma de movimento e entrega total. eu acredito que em absoluto, amar tornou-se a mistura mais pura dos sentimentos mais primitivos: um caos sereno e profundo, onde o coração se despe da razão.
Por muito tempo, esse sentimento me foi estranho. Chamei de amor o que eram apenas laços frágeis sustentados por dependência e ilusão - duas metades quebradas tentando se colar com os cacos da outra. Até que tudo ruiu. Até que ele chegou.
Com um nome que carrega a beleza de suas origens colombianas, ele entrou na minha vida de forma leve, quase imperceptível... ou nem tanto. E, aos poucos, me ensinou que amar não é se perder no outro, mas se reconhecer ao lado dele - inteiro, pleno, ampliado.
Esta é a história de um amor que não começou perfeito, mas se construiu no encontro entre feridas, descobertas e recomeços.