um deus entre os mortais e deuses
51 parts Ongoing Hefesto, o deus grego do fogo, dos metais, do artesanato e da forja divina, era uma figura singular no panteão olímpico. Renomado por sua maestria incomparável na metalurgia e por criar obras de arte e armas de beleza e poder inigualáveis, ele era, paradoxalmente, desprezado e ridicularizado pelos outros deuses do Olimpo.
Nascido com uma deformidade física, Hefesto mancava e era considerado feio pelos padrões de beleza divina, o que o tornou alvo constante de escárnio e rejeição, especialmente por sua própria mãe, Hera, que o lançou do Olimpo ao nascer em repugnância à sua aparência.
Apesar de seu talento excepcional e contribuições valiosas para o Olimpo, criando desde os tronos dos deuses até as armas de heróis lendários, Hefesto nunca foi verdadeiramente aceito ou respeitado por seus pares. As zombarias, o desprezo velado e as piadas cruéis minaram sua autoestima e o isolaram emocionalmente. Após séculos de humilhação silenciosa e trabalho árduo não reconhecido, Hefesto finalmente cedeu à amargura e à exaustão.
Em um ato de profunda desilusão e autoproteção, Hefesto se retirou para sua forja nas profundezas de uma montanha vulcânica. Lá, ele se trancou, silenciando o som do martelo e da bigorna, apagando as chamas que outrora dançavam com sua criatividade.
Anos se passaram em reclusão sombria, enquanto o deus ferreiro, magoado e ressentido, deixava sua forja esfriar, recusando-se a oferecer seus dons a um panteão que o havia tratado com tanta crueldade. O silêncio de sua forja ecoava o silêncio de sua voz no Olimpo, um testamento silencioso da dor de um deus talentoso e incompreendido, que escolheu o isolamento como refúgio contra a injustiça divina.