57 parts Complete Eu sempre acreditei que as melhores histórias são aquelas que nos fazem esquecer que são apenas palavras em uma página. Histórias onde os reis não são bons ou maus, mas algo muito mais perigoso: humanos. Histórias onde o amor pode levar à ruína e a ambição, à coroa. Onde os deuses não concedem misericórdia e os homens, quando recebem poder, acabam por se tornar deuses... ou monstros.
O mundo de O Canto das Cinzas não oferece redenção fácil. Ele é forjado na mesma fornalha onde nascem as grandes tragédias: poder, orgulho e medo. Homens que acreditam que podem desafiar o destino. Mulheres que entendem que o destino é apenas uma história contada por vencedores. Povos inteiros moldados por deuses que há muito abandonaram seus próprios filhos - ou talvez apenas os observem, esperando para recolher o que sobrar.
Há quem diga que o mundo foi criado pelos deuses. Outros acreditam que os deuses nada mais são do que reflexos das piores ambições humanas. Mas todos concordam em uma coisa: as cinzas se lembram. As cinzas carregam as histórias de impérios que arderam e reis que se tornaram pó. E, neste conto, elas sussurram sobre Vael'Thyr, o Deus Cinzento - um homem que ousou tornar-se divino e, em sua ascensão, quase reduziu o mundo a nada.
Ao longo desta saga, você encontrará guerras que não deveriam ter sido travadas, traições que, em retrospecto, pareciam inevitáveis, e alianças forjadas no medo, não na confiança. Descobrirá que não existem respostas simples - e que, por vezes, a única vitória possível é sobreviver tempo suficiente para ver o mundo queimar.
Mas, se ainda assim você insistir em ouvir esta canção, recomendo que o faça com cuidado. Pois a melodia é sombria, e o refrão - ah, o refrão - ecoa com o som do crepitar das chamas e o sussurro persistente das cinzas.
E lembre-se:
"Os deuses dormem. As cinzas se lembram. E alguns homens nascem para arder."