Já tive vários rosto, várias personalidades, já fui várias pessoas, mas nada se compara em poder ser eu mesma, finalmente estou voltando para a cidade em qual nasci, mas conhecida como cidade das luzes, Nova York, a cidade estrelada se estiver olhando pela janela de um avião. Faz 5 anos que passo viajando pelo mundo, sinto falto do meu espaço, da minha irmã, da minha vida, mas como papai sempre fala: "negócios são negócios."
Tive que assumir algumas responsabilidades, já que sou a primogênita, antes eu era uma filha, uma irmã e uma amiga. Mas hoje, quando me olho no espelho não consigo achar a menininha de 14 anos que embarcou num avião rumo à Rússia, eu mudei, fui forçada a mudar, as vezes sinto medo, medo do que me tornei, porque nunca me senti mais eu mesma do que agora, tenho medo de não conseguir parar de gostar dessa nova versão de mim.
Pois é... não aguento mais os desviar. Completei dezoito anos e parece que não me suportam, não sou a princesa que pensaram que eu seria. Me tornei um monstro pra eles.
Meu nome e Dreena Joyer (sim kkkk meus pais forçaram no nome), mas na maioria das vezes me chamam de "Dree". Sou negra, tenhos olhos castanhos, sou magra e na verdade deviam me apelidar camaleoa (sempre mudo de penteado).
Aqui no Brasil já passei muita coisa estranha e não me sinto bem-vinda. Aproveitei a decisão de querer ser poliglota e fazer uma viagen pra passar um tempo no exterior; queria ir pro Canadá, mas por incrível que pareça é mais caro que o intercâmbio nos States.
Lembrando que não sou rica, mas desde cedo juntei uns trocados pra sabe lá Deus fazer o quê futuramente. Essa é a minha chance: vou sumir de vez!