Prazer Proibido (Freenbecky)
11 Parte Kumpleto Prólogo
Bangkok, Tailândia - 01h47 da manhã
O letreiro em neon piscava vermelho sobre a entrada da Eclipse, como um batimento cardíaco descompassado. Lá dentro, o som grave da música eletrônica se misturava ao cheiro de uísque caro, perfume adocicado e luxúria. A boate era um templo moderno onde os desejos dos homens se realizavam - desde que pudessem pagar por eles.
No camarote mais alto, onde a vista era de domínio, Freen Sarocha observava tudo em silêncio. Vestida de preto, maquiagem impecável, olhar frio. Bela, inalcançável. Seus olhos varriam o salão como quem comanda um jogo, mas sua alma estava trancada atrás de grades invisíveis. Ali, todos buscavam prazer. Ela vendia isso. Mas nunca o provou.
Freen não era fria por natureza. Ela apenas aprendeu a sobreviver assim. Aprendeu que o amor era uma armadilha. Que carinho tinha preço. Que ninguém toca sua pele sem antes violar sua alma.
Naquela madrugada, entre os rostos desconhecidos, um par de olhos entrou em sua linha de visão. Não por acidente. Não por sorte. Era como se o destino tivesse empurrado aquela mulher para dentro da Eclipse - e diretamente para dentro da sua vida.
Becky Armstrong caminhava com a firmeza de quem conhece seus próprios limites - e sabe quando vale a pena ultrapassá-los. Seu corpo não se encaixava em rótulos. Sua existência era um ato de coragem. Ela veio buscar prazer, mas encontrou algo mais provocante: um enigma chamado Freen.
Naquela noite, algo mudou.
Não foi o som.
Nem as luzes.
Foi o silêncio dentro de Freen... que finalmente começou a ceder.