Enquanto algumas são encontradas por mero acaso ao longo do caminho, algumas são propositalmente postas na obscuridade. Algumas querem ser perdidas e dilaceradas das maneiras mais pensadas e impensadas pela racionalidade.
O problema de se destruir algo é que o pó fica, os cacos continuam cortando, a caixa um dia pode ser aberta e a merda um dia sai. De um jeito ou de outro, a existência precede a essência, e, por mais que a exposição preceda a existência, aqui há um esforço para se olvidar tal axioma.
Na ponta diametralmente paralela da coragem de se desbravar as profundezas não iluminadas, encontra-se o medo que move aeronaves ao espaço. Digamos que alguns lixos espaciais sempre estarão lá. Alheios à gravidade, porém necessariamente orbitando ao nosso redor.
A viagem já começou há bastante tempo. Reforço caso ainda não tenham notado. Não houve contagem regressiva, nem previsibilidade mínima que pudesse preparar ao que viria a seguir. Mesmo rodeados de estrelas, os convido a fechar os olhos e fazer um esforço absurdo ao negar sentidos.
Duvidem daquilo posto sob os olhos, das imagens, perfumes e condições de temperatura e pressão que aparentam estar perfeitamente equilibradas. Duvidem daquilo que a percepção apresenta, por mais que seja a única verdade.
Sem mais rodeios, senhoras e senhores, é com imenso pavor que tenho o enorme prazer de jamais apresentá-los aquelas cartas.
Aquelas cartas que destruí!
em 2003, no Reino de Geórgia, nasce a primogênita do Rei Gabriel e da Rainha consorte Emanuella, a princesa Ana Flávia.
Com seus 8 meses dentro de ventre de sua mãe já começaram as procuras de um futuro marido para a mesma.
No Reino de Borrering nasce o segundo filho da Rainha Helena, e do Rei Philips, o príncipe Gustavo, que com sua 1° semana de vida, é prometido à princesa do reino vizinho, Ana Flávia!