Abra seus olhos, pois nunca se sabe o que está atrás da cortina. Bem, não é um pensamento estranho, ainda menos quando se dá uma olhada no que Alice, a garota dos cabelos negros, está fazendo agora. Um dia ela deve ter sido garota, com certeza, no entanto, agora já era bem mais velha. Esqueceu-se da agudeza da idade, da força dos poucos anos, da criatividade que a refugiava e da tristeza infantil que é calorosa perante os males do mundo adulto. Alice não era mais garota, Alice não era mais jovem, Alice perdeu sua pureza. Alice... Não sabe dizer se esse é o seu próprio nome. Seria eu, Alice? Seria eu, esta voz narrando o que você lê, uma representação da mente dela? Nem eu, nem Alice, sabemos. Estamos perdidos, perdidos nesse lugar. Como viemos parar aqui? Não sei, acho que sempre estivemos aqui.
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