Cora
Mamãe sempre me alertou para ficar longe da escuridão, insistindo que eu deveria ser uma boa garota. Durante anos, fui impecável, a personificação da perfeição e inocência. No entanto, aquele dia fatídico virou meu mundo de cabeça para baixo. A luxúria se apoderou de mim, e me deixei ser enredada pelo diabo.
O diabo não tinha chifres nem cauda; ele era incrivelmente belo e irresistivelmente sedutor. Ele era Raden Krämer.
Fugi. Era tudo o que eu podia fazer, tentar escapar. Mas, no fundo do meu ser, eu sabia que ele estava sempre à espreita, observando cada movimento meu.
Eu me sentia como uma presa indefesa, uma pequena coelhinha cercada pelos desejos sombrios e insaciáveis de Raden. O medo e a excitação se misturavam dentro de mim, deixando-me dividida entre a vontade de fugir e a atração magnética que me puxava de volta para ele. A batalha entre minha inocência perdida e os desejos obscuros dele consumia minha alma, e eu sabia que, por mais que tentasse, nunca conseguiria escapar completamente.
Raden Krämer.
Desde o momento em que a vi, soube que Cora seria minha. Sua inocência brilhava como uma luz, atraindo-me inexoravelmente. Eu a observei, fascinado pela pureza que ela exalava, uma pureza que eu ansiava corromper. Cada fuga dela apenas aumentava meu desejo, tornando o jogo de perseguição ainda mais excitante.
Ela podia tentar escapar, mas sabia que a escuridão sempre encontraria uma forma de alcançá-la. Eu era a sombra em seus sonhos, o desejo proibido que ela não conseguia resistir. Cora era minha pequena coelhinha, e eu, o predador determinado a reivindicar o que era meu por direito. Seus medos e desejos a tornavam ainda mais irresistível, e eu sabia que, no final, ela não teria para onde correr. A escuridão, e eu, a consumiriam.