Inocência

[HISTÓRIA PROIBIDA PARA MENORES DE 18 ANOS]

O sinal para o recreio tocou. Comecei a levantar para ir fazer meu lanche no pátio, junto com as minhas amigas, mas Gustavo, meu professor de matemática, chamou meu nome e disse: "Quero que fique aqui e me mostre seu caderno. Você não estava prestando atenção na aula, aposto que não anotou nada que pedi." Fiquei com raiva. Tinha trocado uma ou duas palavras, no máximo, com as meninas. Ele não tinha o direito de falar assim comigo. Mas logo passou, pois sabia que assim que ele visse meu caderno iria pedir desculpas.

Fui até a mesa dele e coloquei o caderno na sua mesa. Gustavo estava terminando de apagar o quadro. Assim que as últimas pessoas saíram da sala ele fechou a porta. Não entendi muito bem, mas não iria discutir, apenas queria mostrar meu caderno e ir logo fazer meu lanche. Ele veio em minha direção e abriu um longo sorriso. Pegou meu caderno, foleou algumas páginas e o fechou. "Já posso ir agora? Já provei que anotei tudo que o senhor falou." Falei já pegando meu caderno e caminhando em direção a minha carteira para guardá-lo. Gustavo estava observando todos os meus movimentos. "Por favor, não me chame de senhor. Sou novo demais para isso. Aliás, nossa diferença de idade não é tão grande. Eu acho. Qual sua idade?" Não estava entendendo aonde ele queria chegar. "Tenho 17 anos, quase todos nesta sala tem 17 anos, mas por quê? Quantos anos VOCÊ tem?" Enfatizei o "você" e ele pareceu gostar. Fui andando até a mesa dele novamente e fiquei na sua frente esperando a resposta. "Tenho 25 anos. Oito anos de diferença, quase nada." Gustavo levou a sua mão até uma mecha de cabelo que estava sobre meu olho e colocou-a atrás da minha orelha. Como um reflexo, pequei a mão dele. "Espera aí. O que você esta fazendo?" Ele não me respondeu. Foi aproximando seu rosto do meu. Nossas bocas estavam a um dedo de distancia. E, fui salva "pelo gongo", o sinal que dava fim a hora do lanche tocou.