Alcançar as estrelas...
Sonhando acordada nas estreladas madrugadas, agarrada a travesseiros, lençóis e corações, cobertos de lágrimas, ou de paixões, permitindo a serena sutileza dos ares do ventilador de teto acariciarem as mexas do seu cabelo e secarem os prósperos olhos, admirados com o brilho das mais distantes estrelas, ao desvanecer de uma infância cheia de sonhos, aos poucos percebendo que se tornaram nada além de memórias, boas memórias que jamais retornarão.
Esses deixados rastros do passado, plantaram em um presente esquecido, incessantes desejos ardentes, esses apagados desejos ardentes, abandonaram cinzas do que um dia já queimou tão forte em seu peito. Sentir e assistir essas cinzas ou chamas, até os chorosos ou brilhantes olhos se fecharem e caírem no sono, dormir ou sonhar, e então, ao acordar em uma nova chance tentar oportunidades novas, ou experienciar em um repetitivo ciclo constantes derrotas, tornar esses sonhos verdade, ou apenas uma forma de escapar da realidade.
As vezes, aos tão prósperos e inocentes olhares de uma otimista, oque pode parecer tão próximo pode estar tão distante, enquanto nos pútridos e vazios olhares de uma pessimista, oque pode parecer tão distante esteve sempre ao seu lado, e você nunca percebeu. A quente fumaça dos desejos cega o caminho a ser atravessado para chegar às estrelas, enquanto a fria neblina da realidade cega os sonhos em seu coração que te permitem enxergar as estrelas.