🥃 • . O amor não passa de gostar de muitos verbos ao mesmo tempo. De cheirar, tocar, de doer, de arder, de se arriscar, de ouvir, de sentir, tudo por muitos, muitos sentidos diferentes. Para quem nunca amou, talvez, procurar um verbo para descrever o amor, é, na verdade, crueldade com sua própria paz, com sua dignidade.
Isabel Duarte só havia amado à uma pessoa em toda a sua vida, incondicionalmente, talvez mais do que toda sua família. Ela mesma. E saber que estava destinada a entregar sua dignidade à um homem, por simples e pura herança, era como entregar a tudo o que já amou para alguém que só conhece o ódio. Para ela, era inadmissível ser fadada à um futuro tão cruel por simples e pura traição.
Já, para Vincent Hacker, o amor era inexistente. Os elogios? Entediantes. As mulheres? Passa tempo. Entretanto, Katie talvez fosse uma excessão, mas não chegava nem perto de ser amor. Era obsessão. Repitam comigo: Eu possuo, eu possuirei e... eu possuia. Era o que Vincent achava, até ser obrigado a ver o pior vídeo que já vira durante toda a sua existência.
Talvez, fosse a hora de deixar o ódio de lado, o rancor, as desavenças, as desconfianças, e fazer um acordo: Isabel Duarte e Vincent Hacker iriam se casar, esconder um segredo, enterrar um ódio e plantar um futuro, tudo para acobertar suas verdadeiras vidas ao lado de outras pessoas, com o intuito de ter uma imagem perfeita e uma conta bancária com mais de sete dígitos no fim do mês. Afinal, no fim das contas, quem liga para o amor quando não se ama ninguém?
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