"Não importa o quanto eu tente mudar. As terapias, os remédios, as conversas. Nada muda. Sempre que fecho os olhos, eu me vejo. Afundando, afundando e afundando. A água entrando pela minha boca de tanto que eu grito. Ninguém vinha, ninguém escutava. Eu estava afundando. Eu ia morrer. Até que..." Para Luna, esquecer os traumas da sua infância era impossível. Quando seus pais morreram misteriosamente, Luna se vê indo morar com sua avó em uma enorme casa afastada do centro de Seul. Sua avó sendo governanta da casa, Luna poderá viver e talvez trabalhar lá. Ao chegar na enorme casa, Luna estranha ao perceber que todos daquela casa pareciam conhecê-la, mas ao mesmo tempo, pareciam detestar a sua presença lá. Luna se vê perdida naquela casa diante de tantos segredos, da dona da casa que tinha uma mania esquisita de observá-la dormindo e dos filhos do casal. Aquele lugar acaba trazendo memórias de volta. Memória essa que foi apagada e deveria continuar assim. "É tudo tão estranho. Esses sonhos, pesadelos, memórias, lembranças. Eu nem sei mais o que é real. Sinto está sendo observada, sempre. Em algum momento, sinto que vou lembrar, que vou chegar em algum lugar, que vou descobrir algo. Mas... e se eu não gostar do que eu descobrir?" -- O que você está fazendo? -- Olhando para o abismo. -- Princesa, "quando você olha para o abismo, o abismo olha pra você também."