Senhoras e senhores, é com imensa esperança que anúncio a todos vocês que nossa nova variável está, oficialmente, dentro do labirinto... Eu agradeço a todos os envolvidos por essa oportunidade e os parabenizo pela generosa iniciativa.
Penso que em apenas dois meses teremos resultados, no mínimo, interessantes para debater. 2 anos, 4 meses e 23 dias se passaram desde o início dos testes.
Hoje temos a capacidade necessária para que as coisas acontecam como deveria... E além disso, temos estabilidade dentro do labirinto.
Uma comunidade; amizades formadas e enrijecidas pelas circunstâncias... Confiança, companheirismo.
Devido a nossa transparência, todos nessa sala sabem que os resultados dos testes anteriores foram fascinantes... Também apresentamos, durante todos o mês anterior, provas concretas do porquê, como e onde.
Então, com base nisso, imaginem o trabalho que alguns daqueles cérebros darão aos nossos psiquiatras se tudo sair como o planejado...
E vai.
Não fizemos todos esses avanços atoa. Existem profissionais maravilhosos por trás de cada resultado. Olhem ao seu redor... Vejam o que fizemos.
Estamos próximos, amigos. Eu sinto que estamos prestes a alcançar a linha de chegada e ninguém.... nada nem ninguém está a nossa frente.
*
E enquanto uns sorriam e se enchiam de esperança, no fundo daquela estrutura com paredes, correntes e engrenagens de aço e ferro, esperança era a última coisa que ela sentia.
A pobre garota jogada a um dos cantos da caixa, temendo até a própria respiração. Desejando morrer a ter de descobrir quais dentre todas as suas suposições mórbidas sobre como, quando, onde e porquê estava ali eram realidade.
Mas quando todo o movimento parou, o lugar silenciou e seus sentidos alertaram que não estava mais sozinha, ela soube que nada do que fizesse mudaria seu destino. Nem mesmo se lançasse mãos ao próprio pescoço morreria a tempo de não ver quem ou o que a esperava do outro lado das portas.