Dinheiro. Poder. Felicidade. Raiva. Dor. Tristeza. A vida de uma pessoa pode ser facilmente resumida nesses elementos, como uma balança que ora pesa mais para um lado do que para outro. E nessa linha tênue, um homem zeloso e bondoso pode se transformar em um assassino, uma mãe carinhosa pode ferir propositalmente os seus filhos e uma paixão inocente pode se revelar como um amor deturbado e corrosivo. Nessa perspectiva, a sociedade se comporta como se fosse um teatro, no qual todos se vestem de máscaras e agem segundo as expectativas da plateia, resultando em fama, riqueza e poder para aqueles que se sobrepõem aos outros e aos holofotes. Para tal, o roteiro é reescrito na visão do protagonista, definindo quem serão os vilões e os mocinhos e quais deles terão suas vozes ouvidas ou não. Mas, se todos fingem ser o que não são, quem garante que o vilão não seja o mocinho ou que a história narrada a real? Ou, se as ações a serem tomadas realmente se justificam pelo seu objetivo?
A história que está prestes a ler é simples: uma família, outra família, a colisão de dois mundos opostos e o resultado disso. Apesar de ter um aspeto genérico, a narrativa instigará você, leitor(a), a tomar uma posição moral sobre quem está certo ou errado, quem é o herói e o vilão. Toda família tem os seus pecados, mas quais são justificáveis? Quem você condena e quem você perdoa?