Júlia Fernandes só quer saber de nadar e mais nada. Reservada, ela procura nunca se envolver demais com as pessoas, e essa personalidade apenas se solidificou depois que a mãe morreu em um acidente, o que dificultou a relação com o seu pai, que, apesar de ser psicólogo, não consegue expressar os próprios sentimentos. Já Helena, sua colega de sala que sempre a emprestava lápis (que ela nunca devolvia), é o oposto. Apaixonada por livros e café, ela descobriu seu próprio jeito de penetrar as barreiras que Júlia criou para que os outros não se aproximassem demais. Apesar disso, Júlia não consegue se decidir entre se abrir para uma amizade ou se fechar completamente para o mundo, dificultando a aproximação de Helena, que só queria descobrir um jeito de ser sua amiga. As coisas ficam mais tensas quando o aniversário de morte da mãe de Júlia está se aproximando. Mais do que nunca, ela precisa de alguém que a apoie, principalmente quando seu próprio pai não consegue ajudar, e mais do que nunca ela tenta manter Helena longe de seus problemas, que se recusa a aceitar. Aceitação, amizade e amor. Helena entra na vida de Júlia e faz um verdadeiro vendaval, tirando-a de sua bolha e zona de conforto, mostrando que as pessoas precisam umas das outras e de afeto. E que, depois de conhecer Helena, ela nunca, jamais seria a mesma.