TENEBRIS - O JUÍZO FINAL (#2)
"Quando você rompe o ciclo, precisa estar pronto para lidar com o que vem depois."
Quatro meses após destruir o Outro Lado e silenciar o paranormal, Lia vive o que nunca imaginou possível: uma vida normal. O medo não domina mais a realidade. As fendas se fecharam. As entidades foram apagadas. O equilíbrio foi quebrado - para sempre.
Mas a Criação não tolera desequilíbrios. E da rachadura deixada por Lia no coração da existência, algo nasceu. Algo antigo... e ao mesmo tempo inédito. Orun. O Variante Zero. O Sem-Tempo. O Arquiteto do Juízo. Uma entidade tão perfeita quanto impiedosa, cuja missão não é vingar o passado - é corrigir o erro.
Portando um artefato que distorce realidades, Orun não destrói mundos. Ele os funde. Linhas temporais são costuradas como carne viva. Cidades colapsam umas sobre as outras. Criaturas de mundos que nunca deveriam ter se encontrado agora caminham lado a lado. E a primeira cicatriz no tecido da existência é uma Nova York deformada, híbrida, onde passado, futuro, medo e esperança se entrelaçam em um mosaico impossível.
Lia, agora só uma garota comum tentando se lembrar de quem é fora das sombras do sobrenatural, se vê forçada a retornar. Mas dessa vez, não existe um Outro Lado para enfrentar. Dessa vez, o inimigo é a própria consequência do que ela fez.
Para salvar aquilo que resta da realidade, Lia precisará entender, de uma vez por todas, que quando se quebra um ciclo, não se destrói só o que é ruim... também se destrói o que mantém tudo de pé.
E agora, resta uma única pergunta:
Será possível restaurar o que nunca deveria ter sido quebrado?
