Aquelas tuas palavras caíram sobre mim como meteoros súbitos na noite. A queda foi rápida, o barranco não muito profundo. A descida, porém, não foi das mais suaves. Qual são os preços pagos das lições aprendidas? É um risco que ocorre, Agulha contra o vidro, Eu tenho um bom punhado de assombrações que me acompanham, me sussurram desesperos [...] Era como se eu estivesse invisível. Tão mudo o escuro que o menor cochicho Na amplitude do silêncio é engrandecido Como cansa sentir tudo e não mais sentir nada! Não pense que não sei nada do mundo para entender. Reunindo 4 poemas e 6 contos, entre a prosa e a poesia, Paredes Invisíveis é um retrato de cacos quebrados além dos sentidos, pequeno relicário de um milhão de gotas de dolorosas melancolias. Quais os riscos que corremos? O que encontrar na escuridão? Quem nos espera e quem nos envenena? Por qual caminho seguir se não vemos sentido em tudo isso? São muitos, são muitos os vidros. Você aprende a conviver com eles. É preciso.