Contos de Uma Peregrina - Deserto - Victória Carneiro

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- Ora, mas o q... - ele logo foi interrompido pela pressão aplicada pelo Marechal.
    - Não ouse. - Eu poderia jurar que a qualquer momento ouviria os dentes dele trincarem.
    - Uhm? Isso torna as coisas mais fáceis, não!? - O sorriso do homem se tornou predatório. - Vá para a capital e esqueceremos que vimos essa criança.
    O olhar de Artifae se distanciou.
    - Vamos lá, Marechal! Não vai querer voltar para casa e ver o chão pintado de vermelho novamente, não é!?
    Os olhos que antes anunciavam uma tempestade, tornaram-se claros, como naqueles dias que ameaçam chover mansamente, quando encontraram os meus olhos. Era a primeira vez que havia presenciado o vislumbre de seu passado. Tão pequeno e doloroso. Seu corpo relaxou e ele desaproximou a lâmina do pescoço do homem à sua frente dando as costas para o grupo. Também pude ver um pequeno sorriso aparecer em seus lábios.All Rights Reserved

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- Ora, mas o q... - ele logo foi interrompido pela pressão aplicada pelo Marechal.
    - Não ouse. - Eu poderia jurar que a qualquer momento ouviria os dentes dele trincarem.
    - Uhm? Isso torna as coisas mais fáceis, não!? - O sorriso do homem se tornou predatório. - Vá para a capital e esqueceremos que vimos essa criança.
    O olhar de Artifae se distanciou.
    - Vamos lá, Marechal! Não vai querer voltar para casa e ver o chão pintado de vermelho novamente, não é!?
    Os olhos que antes anunciavam uma tempestade, tornaram-se claros, como naqueles dias que ameaçam chover mansamente, quando encontraram os meus olhos. Era a primeira vez que havia presenciado o vislumbre de seu passado. Tão pequeno e doloroso. Seu corpo relaxou e ele desaproximou a lâmina do pescoço do homem à sua frente dando as costas para o grupo. Também pude ver um pequeno sorriso aparecer em seus lábios.

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