CUPIDO NEGRO

𝐁𝐚𝐢𝐥𝐞𝐲 𝐒𝐜𝐚𝐫𝐥𝐞𝐭𝐭

Minha gata de estimação vem me dando trabalho ao se aventurar pelas ruas de New York City. O lugar é novo, tanto para mim quanto para ela. Mas eu sei que suas aventuras sobre os telhados do quarteirão não vão muito longe. Elas sempre terminam curiosamente na casa do vizinho. Quase todos os dias preciso bater à porta de Sullivan Thorne para perguntá-lo se ela foi parar lá. Não faço a mínima ideia do que pode ter atraído a atenção da bichana. Uma ração mais saborosa, talvez. Ou uma atenção e carinho da qual ela não recebe normalmente quando está em minha casa.

Mas agora, preciso disputar a guarda do meu bicho de estimação com o vizinho. Que ótimo. Como se vê-lo todos os dias no colégio já não fosse o bastante.
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𝐒𝐮𝐥𝐥𝐢𝐯𝐚𝐧 𝐓𝐡𝐨𝐫𝐧𝐞

Então ela pretende mesmo morar na casa ao lado? Chamá-la de casa é direcionar um falso elogio aos restos da residência que estão apenas terminando de cair. E Bailey está sendo otimista demais em pensar que vai conseguir recuperar o bastante do conforto que a casa um dia tivera para morar lá.

Ela veio empacotada em camadas incontáveis de agasalhos apenas para buscar sua gata de estimação. A visão que tive dela marchando na neve com a ponta do nariz ruborizada por conta do frio foi realmente adorável.

O desdém que sentimos um pelo outro é visivelmente recíproco. Não sei se vamos nos dar bem, em algum momento...