Existe um grupo de escritores pelo meio de Porto Alegre. Moram espalhados pelas esquinas, pelas ruas sem saída, pelos bairros conhecidos e nem tão conhecidos assim. Moram em casas e apartamentos com gatos ou com plantas, pois o estereótipo do lobo solitário para a literatura não pode ser em vão. Um grupo com mais mulheres do que homens, mas isso pode ser só consequência de as universidades estarem mais cheias de mulheres do que de homens ultimamente. É engraçado, esse grupo. São todos jovens, mas alguns estão mais perto da juventude adolescente que a juventude adulta dos boletos e pais idosos para cuidar. Metade não bebe cerveja, a outra metade bebe qualquer álcool, enquanto a outra metade talvez só aceite um vinho ou um fernet com coca caso você se proponha a lhes oferecer algo e, ainda, há a outra metade que não bebe nada, porém gosta da companhia dos outros bêbados sonhadores. Um dia, o grupo de reúne num bar universitário para atualizar uns aos outros sobre a suas vidas e uma consciência estranha aparece: todos tiveram o mesmo sonhos sobre uma casa mecânica cheia de desafios. Mas... Será que foi realmente apenas um sonho?