Havia pouco mais que uma moça pudesse esperar no século XIX que um casamento. Se fosse sortuda, é claro, receberia um companheiro e teria ali, no mínimo, um amigo íntimo. Catarina não se considerava uma mulher excepcional e nunca precisou ser. Desde que era bebê estava destinada à um único homem. Marcel cresceu muito longe do Brasil, mas aceitaria alegremente qualquer oportunidade de ir para o mais longe possível de seu pai. Não havia nada de comum entre eles, exceto por um contrato firmado por seus pais. Catarina não esperava amor. Marcel mal se lembrava do sentimento. Poderia, dali, algo tão bonito surgir?
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