Abraços ao luar

Existe um fenômeno único, que ocorre somente quando uma estrela desiste de viver. Diz-se que ela brilha em tons caramelados, como se sua vontade fosse deixar um rastro por onde havia passado. O brilho do que um dia foi, afaga os campos floridos, em um tom de despedida. Assim avisando-as que já não mais estará nos céus nas próximas noites.
Em um lugar distante mas não muito, em um mundo onde a vida é hostil há um campo. Neste rosas cujas pétalas macias, exalam o esplendor de uma vida branda. Há boatos de não se sabe quando o fatídico aconteceu. Uma rosa a mais pequena, pontiaguda, melancólica se apaixonou por uma estrela que morreu.
O amor e o anseio de um brilho de algo já morto, brilhando pelo milênio sem a dizer um adeus, e assim uma rosa já aberta voltou-se a sentir apenas um broto repleto por espinhos.