Ele:
Eu jurei que não acreditaria nesse tal de amor novamente. Mas aqui estou, me perdendo em você como quem se afoga sem querer ser salvo.
Você é o refúgio que eu nunca pedi, mas que agora não sei mais como evitar. Será que o destino nos uniu para que supríssemos o vazio um do outro? Ou eu só estou usando você para esquecer os demônios que me perseguem?
É tolice acreditar em destino? Ou é covardia da minha parte fingir que não estou rendido?
O problema é que você é diferente. Não tem como alguém ter esse gosto, esse cheiro, esse toque, e ainda ser só mais uma.
Não dá para alguém sentar assim e ser só um erro. Tem?
Ela:
E se eu me entregar de novo? Se eu deixar você entrar no meu caos, bagunçar o que já está quebrado, rasgar o que ainda resta de mim?
O problema é que, quando tento fugir, você me puxa. Quando corro, você me persegue.
Você é a confusão que eu quero. O perigo que eu desejo.
E, no meio desse jogo sujo de aproximações e afastamentos, tudo o que sei é que você me fode como se fosse um vício.
E eu? Eu estou adorando a overdose.
Escrito por Madu Venci.