Mixte 1963

O Instituto Voltaire antes somente para meninos aderiu uma nova política de admissão: agora tornaria-se um colégio misto, forçando garotos acostumados a lidarem apenas com o mundo masculino, de repente, estarem rodeados de saias, laços e atrevimento. Afinal, onde os superiores deste renomado colégio francês estavam com as cabeças quando decidiram ser uma boa ideia juntar jovens furiosos, revoltados e desesperados para aliviarem-se de todas as formas possíveis em um único lugar?

Joseph Descamps (ou Decan, como seus amigos o chamavam) não era alguém por quem seus pais ficariam felizes em conhecer em um almoço de domingo. Michéle sabia que deveria manter distância de rapazes como ele, e assim o fazia. Decan exalava problema. Andava com pessoas erradas, e provavelmente estaria disposto a fazer coisas tão erradas quanto, sorrindo no processo. Michéle era uma boa menina, pelo menos até onde todos que a conheciam sabiam. Ela nunca se envolveria com um bully, atrevido, cafajeste e esnobe, certo? O grande problema é que os garotos maus possuem uma sensualidade e atratividade que os bons meninos nunca seriam capazes de ter. No que essa escola tem o potencial de se tornar com a tendência visceral desse relacionamento improvável?