𝐏𝐎𝐑 𝐕𝐎𝐂𝐄̂, 𝐀𝐓𝐄́ 𝐎 𝐅𝐈𝐌 𝐃𝐀 𝐂𝐎𝐑𝐑𝐈𝐃𝐀. (𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐎𝐒)
4 Bagian Sedang dalam proses Charles Leclerc e Carlos Sainz são grandes amigos - isso era inegável. Todos no paddock sabiam da conexão entre eles. A química dentro e fora das pistas era evidente, quase palpável. Companheiros de equipe com sincronia impressionante, dividiam risos, estratégias, vitórias e derrotas com uma naturalidade que chegava a causar inveja.
E, no entanto... havia algo mais.
Algo que ninguém ousava nomear.
Alguns viam apenas como uma parceria de ouro. Outros, com olhos mais atentos, percebiam os silêncios prolongados, os olhares que demoravam um segundo além do necessário, os gestos que falavam mais do que qualquer entrevista coletiva.
A linha entre amizade e outra coisa sempre esteve ali - tênue, tremendo, como uma corda esticada prestes a se romper.
Com o passar dos anos, o sentimento que Carlos nutria foi deixando de ser apenas admiração. No começo, ele se encantava com o talento de Charles. Com sua frieza na pista e doçura fora dela. Com o sorriso fácil, com os olhos que brilhavam quando falava da família, da música, de Mônaco.
Mas, devagar, essa admiração cedeu espaço a algo mais denso. Algo que crescia em silêncio, por baixo da pele.
𝐃𝐄𝐒𝐄𝐉𝐎.
Uma obsessão lenta, densa, silenciosa. Como um nó que se apertava a cada gesto, a cada toque casual, a cada abraço prolongado.
Carlos queria estar com Charles. Sempre. Não apenas como amigo. Não apenas como parceiro de equipe.
Ele queria mais. Queria tudo.
Queria atravessar aquela linha tênue e gritar que o amava, que sonhava com ele, que cada centímetro daquele homem habitava seus pensamentos mais íntimos. Mas calava. Sempre calava.
Porque havia Alexandra.
Porque havia contratos.
Porque havia medo.
Mas a paixão já não cabia mais no peito. E, a cada dia, ficava mais difícil disfarçar. Os olhos traíam. Os gestos escapavam. E o desejo começava a transbordar nas fissuras do que antes era apenas amizade.
Ele estava perdidamente apaixonado. E não sabia até quando