Sangue. Muito sangue. Os olhos ficaram vidrados. De Naplouse caiu, segurado por Altair, por os olhos escuros como se tivessem sido engolidos por algo muito ruim. - O que...? - foi o que conseguiu dizer. Um grito agudo foi o chamariz para os guardas adentrarem correndo. Altair rapidamente pegou Elisa, torcendo seu braço e apontando uma lâmina para seu pescoço. - Não se aproximem! - Altair anunciou - Ela é a única que pode continuar o legado de Naplouse, não é? Os guardas pararem onde estavam. Elisa sabia que não havia outro estudioso como de Naplouse. Havia as anotações, mas não serviam de nada para quem não estava disposto a entrar de cabeça no assunto e para quem não possuía o mesmo conhecimento que o francês. O filho de Naplouse estava na frente dos outros. Seu rosto expressava um misto de emoções. E mesmo assim, avançou contra Altair. Elisa foi jogada com força para o lado e seu noivo brandiu a espada. Pegou rapidamente os livros mais importantes de Naplouse, enquanto ouvia o tilintar das lâminas, e saiu correndo. Não só do cômodo, mas do hospital inteiro. Precisava sair dali. Buscar abrigo em outro lugar. Buscar abrigo com outras pessoas. Passou da torre que Altair tinha definido como limite. Encontrou uma praça que parecia ser um resquício de um mercado árabe. Encobriu a cabeça com o véu, afinal, ali a maioria das mulheres usavam. Se misturar na multidão, tinha que buscar por ajuda. Mas onde? De Naplouse não poderia fazer mais nada. Seu noivo o matara. Seu noivo ou Masyaf não pareciam seguros agora. A lâmina que Altair pressionou contra seu pescoço deixou claro que nem o seu status de anjo poderia a deixar viva com eles agora. Elisa foi puxada para um beco com rapidez. Uma mão cobriu sua boca antes que pudesse falar qualquer coisa.
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