Na mitologia grega, Nyx é a deusa da noite. Ela abriga em seu vestido as cores da escuridão e controla a Lua como se controlasse um cachorrinho em sua coleira. Todos os astros do céu estão na palma de sua mão.
Eu não faço ideia do motivo desse nome. Ele acompanha o meu primeiro, Lara, que significa coragem e vitória, veio do latim e, contraditoriamente, é o oposto de tudo aquilo que eu imagino ser. Enquanto Nyx possui o universo para si e Lara é sinônimo de bravura, o meu universo interno e a minha força são dissipados pelo meu cérebro disfuncional.
Eu gostaria de fazer jus ao meu nome. Gostaria de não morar nas noites e expulsar o pior dos meus pensamentos, gostaria de levantar espadas e não tremer ao indagar se eu me cortaria de propósito. Queria mergulhar na água sem medo de me afogar. Eu desejo, em algum momento, ser parte de mim por completo.
Por enquanto, continuo aqui. Perdida no azul-piscina, encarando as estrelas noturnas que são amigas do meu sobrenome e lutando contra minha própria cabeça. Grande parte de mim, assim como Nyx, faz parte de um breu obscuro que eu não tenho acesso. Eu sou Lara Nyx, mas também me vejo em terceira pessoa como uma obra que não é de minha autoria.
Essas questões vêm ficando cada vez mais recentes. São constantes, me acordam sem me deixarem dormir na madrugada anterior e fazem com que meus ouvidos estejam alertados para perigos que não existem. Em minha volta, o mundo rapidamente se fecha em uma câmara sem oxigênio na qual eu luto quase sem fôlego para sair.
Eu espero que eu consiga respirar.
E que os monstros que dormem comigo, algum dia, não me assustem mais.
em 2003, no Reino de Geórgia, nasce a primogênita do Rei Gabriel e da Rainha consorte Emanuella, a princesa Ana Flávia.
Com seus 8 meses dentro de ventre de sua mãe já começaram as procuras de um futuro marido para a mesma.
No Reino de Borrering nasce o segundo filho da Rainha Helena, e do Rei Philips, o príncipe Gustavo, que com sua 1° semana de vida, é prometido à princesa do reino vizinho, Ana Flávia!