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Natalie não era religiosa.
Apesar de vir de uma família cristã rigorosa, nenhuma das divindades que lhe foram apresentadas durante sua vida foi capaz de cativar seu coração.
Toda a coisa do amor incondicional e da segurança de servir convenientemente a um ser onipotente apenas não era para ela.
No entanto, ao conhecer Lottie, que tinha um rosto belo demais para não ser etéreo, ela sentiu - talvez pela primeira vez em sua existência - uma fé ardorosa preencher seu peito de forma tão intensa, que não lhe restou opções além de se entregar à adoração.
Natalie tinha conhecido Deus.
Lottie era Deus não apenas por seus traços imaculados, por sua bondade admirável, por suas bênçãos grandiosas ou pelo poder que exercia sobre os outros com um simples olhar.
Lottie era Deus porque nunca respondia às orações desoladas de seus fiéis; porque nunca aparecia quando tinha a presença suplicada em momentos de angústia; e porque nunca dava a certeza de que estava escutando ou de que, simplesmente, estava lá.
Lottie era Deus, principalmente, porque nunca olhava para baixo, para o mundo que abrigava os humanos, seus servos devotos.
Ela nunca olhava, nem mesmo após o término de todas as contas de um rosário, de uma grande celebração ou um sacrifício generoso em seu nome.
Ela apenas não olhava.
Nunca.
Ana é uma jovem que mora com seu padrasto, ele é um cara totalmente escroto e que só a maltrata. Ana mal sabia que seu padrasto estava devendo dinheiro ao Dono de um dos maiores Morros do Rio de Janeiro
E como todas as dívidas, um dia seu padrasto foi cobrado
Coringa é o dono do Morro e quer ser pago custe o que custar.