No fim do campo, entre os mais belos girassóis de Van Gogh
Avistei uma alma fundida na mais triste tristeza, perdida na calmaria que a natureza trazia para si
Suas pálpebras fechadas, como se acreditasse, que abrindo-as, todo o sonho ao seu redor fosse se dissipar
A mente barulhenta da garota estava quieta demais para alguém como ela, louca
Ela estava em abstinência de palavras, overdose de pensamentos
Mas então, o sol fugiu do céu, como se temesse estar por muito tempo na presença terrivelmente silenciosa da garota
Seus olhos abriram-se, procurando saber o que avia acontecido
O rosto se erguio, ela sorrio extasiada
Era ela, sua companheira, nunca a abandonara
A dama da noite estava ali, vestindo a noite e desfilando a madrugada
A lua olhou para a garota solitária, então sorrio
Naquele momento a menina virou para trás, seus olhos apáticos me alcançaram
Percebi uma coisa, a lua sentia a mesma morbidez que a minha alma
com amor, El Thomaz.
Em "Festa do Pijama" os poemas são carregados de metáforas para explicar a ansiedade e a depressão e como passar por períodos em que tudo parece desinteressante e sem esperança.
Ao contrário do que a capa sugere, a única medicação da qual o livro faz uso são as palavras para expressar medos, anseios e frustrações. "Festa do Pijama" não é um livro obscuro, mas traz luz e reflexões sobre as vulnerabilidades habituais humanas.
Destaques para "Festa do Pijama", "Peter Pan", "Coroa", "Interruptor", "Meu Quarto", "Café", "Rapsódia Ansiolítica", "Nu", "Monstro No Corredor" e "Sangue Seco".