- Eu vou morrer? - Ele pergunta assustado com sua blusa suja de sangue. - Não! - Digo. - Você não vai morrer. - Concluo com a voz mais suave. - Meu Deus! Eu não consigo nem olhar. - Ele fecha os olhos e direciona suas mãos a mim, mostrando a quantidade de sangue que havia saído de seu nariz. - Tudo bem - Levanto da cadeira em sua frente e o puxo pelo braço. -, vamos lavar isso, vem. O levo para o banheiro masculino da faculdade. Ligo a torneira e lhe entrego alguns papéis. - Isso não para nunca. - Inclina a cabeça para trás - Não faça isso. - Puxo sua cabeça, fazendo-o olhar para mim. - Precisa manter a cabeça reta, nada de inclinar. - Minhas mãos estão em volta de seu rosto. Ele está assustado. Pinga um pouco de sangue no chão. Pego mais papel e apoio em seu nariz. Sua blusa está coberta de sangue, seu rosto está vermelho, ele não desvia o olhar do meu. - Por que ficou tão assustado com o sangue? - Isso nunca me aconteceu. - Aperta o nariz. Tenho uma vontade inexplicável de bater em sua mão para que ele não continue fazendo essas besteiras. - Na Inglaterra não tem calor extremo? - Em um movimento delicado puxo o papel para que possa ver melhor, mas o sangue continua. Não é difícil ser gentil e delicada com Ben. Ele sempre é gentil e delicado. O problema é que ele não pode ser assim comigo a todo momento, isso é um problema.