Eles se encontravam em lados opostos, sempre disputando em tudo, como se o destino tivesse decidido que seria assim, que eles seriam inimigos. Cada palavra, cada olhar, parecia carregado de uma tensão palpável, um campo de batalha invisível que existia sempre entre eles. Mas, por trás das palavras afiadas e dos gestos calculados, algo mais se escondia.
Era uma paixão silenciosa, disfarçada de raiva. Eles se odiavam, diziam, mas cada gesto, cada troca de olhares furtivos, dizia o contrário. O modo como ele o observava por entre as sombras, como ele o desafiava com um sorriso de canto, revelava algo que nenhum deles estava disposto a admitir.
Em um mundo onde eram rivais, onde a competição era tudo, eles mantinham o segredo bem guardado, um jogo entre os dois. No silêncio de cada noite, quando as luzes se apagavam e as vozes se calavam, o coração de ambos batia mais rápido ao pensar no outro. Uma atração poderosa que não podiam controlar, mas que também não ousavam admitir.
Os olhares furtivos, as palavras carregadas de duplo sentido, os momentos em que suas mãos quase se tocavam... Cada um tentava negar, fingir que o que sentiam era só raiva, mas o que realmente ardia dentro deles era uma chama que nenhum deles queria apagar. Eles eram rivais, isso era certo. Mas, secretamente, no fundo, queriam ser mais.