Historicamente, civilizações antigas usam mitos e contos para explicar fenômenos quotidianos e desenvolver lições de moral. Por exemplo, o folclore brasileiro apresenta um belíssimo conto para a origem da flor Vitória-Régia e a tragédia grega de Ícaro é um alerta acerca dos limites do conhecimento. Para além disso, contos servem para expressar as ações e emoções humanas, como a solidão de Chang-e na lua (causada, provavelmente, por sua própria curiosidade ou egoísmo). O conto das Estrelas e do Oceano, desenvolvido por uma civilização indiana antiga e esquecida, relaciona, supostamente, a incidência de enchentes com chuvas de meteoros, buscando explicar os dois fenômenos. Mas também é uma tragédia amorosa, sobre dois amantes que não poderiam consumar seu amor.