"- É sério mesmo que cê não sabe? Patrão disse pra ficar alerta pra movimentação estranha. Disse que ele foi visto por aqui mais cedo.
- Quem ? - Perguntei-lhe.
- Thomas Katz...
Nesse instante, uma trovoada rolou pelo céu sombrio, as ondas elétricas oscilaram e um jovem um tanto suspeito saiu do supermercado e em questão de segundos, sumiu na penumbra amazonense."
"Mesmo receoso, o frentista tirou o celular do bolso e mostrou-me a foto de um homem negro com o rosto coberto por uma elegante barba, vestido com uma camisa polo preta, calça jeans preta e sapato social, além de estar com a cabeça coberta por uma boina inglesa cinza."
"Mas calma caro leitor, amigo. Não aceito, em absoluto, que penses que eu, em toda a minha existência estúpida e patética usei de minha modesta personalidade para narrar este fenômeno afim de vangloriar-me pela minha astúcia se comparada a uma charada indecifrável, e pelo método antigo de furto que apliquei. Sei que sou um gênio. Narrei para mostrar que Ellen e Henrique não são flor que se cheire, e que há uma linha tênue entre um anti-herói vulgo eu, e uma vilã."