O mundo era um lugar estranho, onde criaturas da noite eram reais e o dia não as amedrontavam. Um planeta dividido entre diversas espécies de humanos e metahumanos, de deuses e semideuses. Um mundo onde os humanos poderiam ser enxotados da sociedade com uma extrema facilidade, com apenas um peteleco. Um mundo, onde a humanidade teve que se reerguer, pegar em armas e não temer a guerra. Um luta dada como vencida, por seres com super poderes, força além do normal e uma inteligência avançada. Depois de anos, e anos de luta, a perda de quase 70% da população humana, encontramos a "paz" mas Calysto sempre ouviu de seu pai que essa paz era volúvel, frágil. E estava um triz de despedaçar. Filha do Rei dos humanos, E desde seus 5 anos, quando sua mãe morreu, Calysto foi criada para ser uma arma, criada para lutar, para matar. Não uma líder, não um princesa, não uma rainha mas uma espada embalada em fogo, pronta para rasgar seus inimigos. Maleke, filho de Rasck, deus do fogo, protetor do inferno e Rei dos deuses. Conhecido como príncipe das sombras, Maleke cresceu aprendendo a governar, a ser o futuro dos deuses e semideuses. Cresceu preso com uma corda no pescoço, com os pés em um banco totalmente bambo, um deslize sequer, custaria a sua cabeça. Por ironia do destino ou vontade maior, esses dois seres que vivem em lados diferentes do mundo, com vidas e expectativas diferentes se encontram e o ódio é imediato, os atinge como um soco em suas caras, cada um representa o que o outro mais despreza. Porém, a atração e o desejo são tão imediatos quanto e tão, tão fortes. Será eles capazes de resistir? Será essa solução para a guerra? Ou apenas a faísca que iria desencadear todo o incêndio?
Eu sempre acreditei que as melhores histórias são aquelas que nos fazem esquecer que são apenas palavras em uma página. Histórias onde os reis não são bons ou maus, mas algo muito mais perigoso: humanos. Histórias onde o amor pode levar à ruína e a ambição, à coroa. Onde os deuses não concedem misericórdia e os homens, quando recebem poder, acabam por se tornar deuses... ou monstros.
O mundo de O Canto das Cinzas não oferece redenção fácil. Ele é forjado na mesma fornalha onde nascem as grandes tragédias: poder, orgulho e medo. Homens que acreditam que podem desafiar o destino. Mulheres que entendem que o destino é apenas uma história contada por vencedores. Povos inteiros moldados por deuses que há muito abandonaram seus próprios filhos - ou talvez apenas os observem, esperando para recolher o que sobrar.
Há quem diga que o mundo foi criado pelos deuses. Outros acreditam que os deuses nada mais são do que reflexos das piores ambições humanas. Mas todos concordam em uma coisa: as cinzas se lembram. As cinzas carregam as histórias de impérios que arderam e reis que se tornaram pó. E, neste conto, elas sussurram sobre Vael'Thyr, o Deus Cinzento - um homem que ousou tornar-se divino e, em sua ascensão, quase reduziu o mundo a nada.
Ao longo desta saga, você encontrará guerras que não deveriam ter sido travadas, traições que, em retrospecto, pareciam inevitáveis, e alianças forjadas no medo, não na confiança. Descobrirá que não existem respostas simples - e que, por vezes, a única vitória possível é sobreviver tempo suficiente para ver o mundo queimar.
Mas, se ainda assim você insistir em ouvir esta canção, recomendo que o faça com cuidado. Pois a melodia é sombria, e o refrão - ah, o refrão - ecoa com o som do crepitar das chamas e o sussurro persistente das cinzas.
E lembre-se:
"Os deuses dormem. As cinzas se lembram. E alguns homens nascem para arder."