"Mãe, você pode me contar a história de novo?" - "Você já sabe de cor" - objetou a mulher que acompanhava a menor. - "Também é uma história muito triste." - "Mas eu gosto." Ele a viu suspirar, olhando para a garota - "As grandes línguas dizem que houve um homem, mesquinho e ganancioso, que se apaixonou por uma princesa. Diz-se que ela era filha da Lua, porque seus cabelos eram brancos, sua pele pálida e seus olhos pareciam o céu cheio de nuvens de tempestade. Ele se apaixonou perdidamente por ela e a convenceu a se casar com ele. Mas, aparentemente, sua ganância era maior que seu amor, e quando percebeu que ela possuía grandes fortunas, jogou-a ao mar, sabendo que ela não sabia nadar, e fugiu com toda a fortuna num pequeno veleiro. A Lua ficou furiosa, encheu o céu de faíscas e agitou o mar a tal ponto que a terra não podia ser vista. O veleiro do homem virou, e dizem que ele viu sua amada antes de morrer, que ela jurou diante do céu e da terra que cada filho ou filha da Lua faria com que pessoas egoístas como ele, que só buscavam riqueza, pagassem" - disse a mulher. - "Por isso você não deve ser gananciosa, querida." Draco achou que era uma maneira bastante gentil de contar a história. Foi triste, mas dificilmente próximo da realidade.