diário do fim.

{+16} no momento em que escrevo este breve texto acabo de ler o seguinte parágrafo escrito por Clarice Lispector em sua obra denominada Água Viva: "A violeta é introvertida e sua introspecção é profunda. Dizem que se esconde por modéstia. Não é. Esconde-se para poder captar o próprio segredo. Seu quase-não-perfume é glória abafada mas exige da gente que o busque. Não grita nunca o seu perfume. Violeta diz levezas que não se podem dizer.".

como de costume, não sei ao certo o que me motiva a escrever o que lhes será publicado aqui, mas muito me disseram que ler minhas palavras é como conversar com um amigo íntimo que carrega universos infinitos dentro de si, então é nessa confusão sobre a nuvens que pescarei palavras mais sensíveis por tempo indeterminado.

como violeta descrita por Clarice - por mais que minha cor favorita seja um azul bastante específico e eu prefira bem mais os ares que a terra -, sou um poço de introversão que se esconde em si para captar o próprio segredo. seja ele qual for.

se quiser velejar, mergulhar, planar ou experienciar qualquer outro sinônimo de locomoção sobre a terra e para além dela comigo, seja muito bem-vindo, o prazer é todo meu.

☁️ 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜: 05.abr.2024