Louca, surtada, maluca... Errada, péssima mãe, mulher apaixonada, completamente viciada, por ela. O que todos chamavam de loucura, ela chamava de amor. Insano e inconsequente amor. Que sentimento é esse que te tira do mundo? Que praticamente te tira a vida? Vale a pena se submeter a tanto pesar, por conta de um sentimento como aquele? Que amor é esse capaz de roubar a razão e te levar a insanidade e ao total descontrole? Aquilo não era mais vida, era sobrevivência, falta de amor próprio, talvez. Se qualquer um a perguntasse se ela seria capaz da dar a vida por alguém, a resposta seria exata e sem pestanejo, sim, óbvio, claro que sim. Daria sua vida, por ela, pra ela, por esse motivo, não o deixaria partir. Aquilo, aquele sentimento não seria em vão. Não poderia acabar. A sua vida se resumia a respirar o ar dela. Deus quando aquilo que um dia foi tão bonito e desejado, se tornou tão frio? Gélido? Sem cor? Ela não sabia, a outra não sabia, ninguém sabia. A única coisa que ambos sabiam era que já era hora de acabar. Antes que alguém se machucassem ainda mais...
Tarde demais. Tudo estava destruído, acabado, ela só não sabia disso. Mas sentia, a dor era fina, era como se a tivessem perfurando com mil facadas em seu estômago e a única certeza que ainda tinha, era que sem ela e sua piedade, sim porque a dependência era tanta a ponto de fazê-lá aceitar até a sua piedade. Ela não seria mais nada, além de uma fraca, passional, doentia e sozinha. Será que vale pena viver sob tanta inconstância?
Luiza e Valentina passaram por bastante coisa, não foi um caminho fácil, muito menos curto sair de "inimigas" para o amor da vida uma da outra. Mas as coisas se complicam ainda mais quando Catarina, a mãe da Valentina, se coloca inteiramente contra o relacionamento das duas, forçando Luiza a se afastar bruscamente de Valentina. Anos depois esse amor ainda existe, mesmo que adormecido.
Qual seria a reação de Luiza ao se deparar com Valentina em sua despedida de solteira?