SAGRADO PROFANO | Charlie Mayhew

Em Saint Rosalie, nada é tão sagrado quanto parece. As paredes da igreja escondem mais do que preces silenciosas - elas abafam os gritos daqueles que caem em desgraça. Padre Charlie Mayhew, com sua batina impecável e uma alma marcada por uma escuridão inconfessável, não é o salvador que todos pensam. Ele é perigoso. Ele é o pecado disfarçado de santo.

Irmã Perséfone sabe disso. Ela sempre soube. Sua devoção é uma fachada, suas orações, vazias. Por trás das vestes sagradas, há um olhar que corta, uma mente afiada que ninguém ousa desafiar. Ela é tentação, pura e simples, e Charlie a quer, mesmo sabendo que ceder significa sua queda. Eles são dois imãs opostos, sempre se repelindo e se atraindo, caminhando sobre uma linha que jamais deveriam cruzar.

Mas há algo mais sombrio em Saint Rosalie. Algo mais perverso do que eles. Um assassino, movendo-se nas sombras, escolhendo suas vítimas com precisão cirúrgica. Ninguém sabe quem é. Ninguém sabe quando ele atacará de novo. O medo cresce, e o cerco se fecha, enquanto Charlie e Perséfone se veem envolvidos em uma dança mortal - com o assassino à espreita e o desejo proibido queimando entre eles.

Neste jogo de fé, sangue e tentação, a verdade pode ser mais letal do que o próprio assassino. Porque, às vezes, a verdadeira escuridão não está à espreita do lado de fora. Ela está dentro de nós, esperando para devorar tudo.