Morando em um país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza, o brasileiro e seu time são como feijão com arroz: inseparáveis desde o início.
Samuel Choi nasceu vestido com seu uniforme raçudo alviverde imponente como se fosse sua segunda pele. E William Wooyoung, bem, ele pertencia a uma torcida formada por um bando de loucos, os fanáticos e altaneiros alvinegros. Rivais na série A, no Brasileirão, no Paulistão, na Libertadores e nos becos da favela, esses dois times historicamente dividem São Paulo em dois quando o assunto é paixão e futebol.
San e Wooyoung levam essa rivalidade para fora dos botecos onde sempre marcam presença em dia de jogo. São torcedores assíduos, fieis e perseverantes; Palmeiras e Corinthians não são meros times de futebol para eles. Todo esse fanatismo fica em evidência quando se trombam pela primeira vez em um bar depois da aula, e o que era para ser um fim de noite agradável com seus parceiros em comum, apenas curtindo um jogo da final do Brasileirão, se torna uma troca incessante de faíscas que resulta em uma aposta valendo a dignidade dos dois paulistas: quem perdesse, usaria a beca do time do outro.
"No barraco do beco, aonde cê foi parar?
Quando a polícia invade, cê não quer se machucar
No barraco do beco, aonde cê vai dormir?
Se o Estado é falho e não consegue te ouvir
Na favela tem criança, com armamento pesado
Na favela tem vândalo, doido e zangado
Na favela tem família, morador revoltado
Na favela tem patrão, na boca é armado"
História por JJMINK e LETJMJK.