Cartas - Samuel Reoli (Mamonas Assassinas)

É possível escrever para alguém do futuro, ou melhor, escrever para alguém do passado? Independente da pergunta a resposta permanece a mesma, não!

Pelo menos foi o que a Alice pensou durante toda a sua vida.

Acostumada a escrever desde que se entende por gente, Alice aprendeu a lidar com seus sentimentos e suas emoções colocando os mesmos no papel e quando viu já estava apaixonada pela escrita, ela amava fazer cartas para aqueles que ela ama ou que já amou, fazia cartas também para aqueles que ela não gostava ou aqueles que ela mal conhecia, o importante era escrever e colocar na ponta do lápis tudo o que sentia, fosse felicidade, paz, animação, tristeza ou frustração.

Mas suas cartas eram suas e apenas suas e ninguém na face da terra as leria, pelo menos foi o que ela imaginou. O destino como sempre pregando suas peças resolveu mostrar para Alice que a vida era muito além do que imaginávamos e que nem sempre as coisas permanecem no nosso controle, como? Fazendo um dos maiores pesadelos de Alice acontecer.

Uma de suas cartas sumiu e para piorar era a mais recente onde ela reclamava de tudo e todos.

A garota orou, rezou, esperneou, chorou, fez promessa, pediu milagre e fez tudo o que se pode imaginar para pedir que ninguém achasse aquela carta.

Mas novamente o destino resolveu brincar com ela e Alice se viu confusa ao receber uma resposta, uma carta respondendo a sua que havia sumido.

Qual o problema disso tudo? Simples, Alice sentiu o mundo desmoronar ao ver que a carta fora enviada do ano de mil novecentos e noventa e quatro.

E aí fica o questionamento, tem como enviar uma carta para o passado ou para o futuro? Ou melhor, você pode trocar cartas em meio a bagunça de uma linha temporal?

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História original.

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PLÁGIO É CRIME.

História escrita: 15.05.2024

História postada: 15.05.2024