Não sei se era apenas atração física ou se era algo mais profundo, mas o fato é que eu via cada vez mais envolvido emocionalmente com Matteo. Eu tentei manter uma postura profissional, me afastar e não deixar que meus sentimentos interferissem em meu trabalho. Mas era difícil resistir à sua presença, à sua inteligência e à sua determinação em superar os obstáculos que a vida colocava em seu caminho. Eu sabia que aquilo não poderia dar certo, que era errado e perigoso. Mas era como se algo dentro de mim se recusasse a aceitar essa realidade, como se uma força maior me empurrasse na direção dele, me fazendo desejar estar ao seu lado, protegendo-o e cuidando dele como uma mãe faria. Eu tentei me convencer de que era apenas uma fase passageira, que logo esses sentimentos fossem substituídos por outros mais adequados e aceitáveis. Mas a verdade é que eu não consegui tirar Matteo da minha cabeça, ele ocupou meus pensamentos dia e noite, me fazendo questionar tudo o que eu achava que sabia sobre amor, ética e responsabilidade. Eu me via diante de um dilema impossível: seguir o meu coração e correr o risco de destruir tudo o que construí ao longo de tantos anos, ou sufocar esses sentimentos e viver uma vida de arrependimento e frustração. Eu sabia que não poderia continuar assim por muito tempo, algo que eu precisava mudar. Mas a questão era: o que fazer com esse amor proibido que queimava dentro de mim? Como lidar com um sentimento tão intenso e avassalador, que parecia desafiar todas as regras do mundo em que eu vivia?