A Sombra da Coruja
Em Lisboa, a névoa se mistura com os segredos da noite. Uma serial killer aterroriza a cidade, deixando um rastro de vítimas em locais históricos e emblemáticos. A detetive Ana Rodrigues, perspicaz e obstinada, assume a investigação, buscando desvendar os enigmas que cercam os crimes brutais.
Ao mesmo tempo, a psicóloga Catarina Oliveira se depara com dois pacientes peculiares: Miguel Costa, um artista atormentado por pesadelos vívidos e visões perturbadoras, e Helena Dias, uma mulher enigmática envolta em um passado nebuloso.
Helena, a "Sombra da Coruja", carrega um fardo de traumas indescritíveis. Fragmentada e atormentada por memórias fragmentadas, ela luta para manter a sanidade enquanto tenta desvendar os mistérios que a assombram.
As histórias de Ana, Catarina, Miguel e Helena se entrelaçam de forma intrigante. À medida que Ana se aproxima da verdade, ela se depara com um labirinto de mentiras e manipulações, onde nada é o que parece. Catarina, por sua vez, se vê envolvida em uma jornada perigosa para ajudar Helena a confrontar seus demônios e recuperar o controle de sua vida.
"A Sombra da Coruja" é um thriller psicológico que te prende do início ao fim. A autora tece uma narrativa magistral, explorando os cantos mais obscuros da mente humana e os efeitos devastadores do trauma.
Prepare-se para mergulhar em um mundo de suspense, onde a linha entre vítima e algoz se torna tênue. Descubra os segredos que assombram Helena, desvende os motivos da serial killer e acompanhe a busca incessante por justiça em meio à névoa que consome Lisboa.
#VENCEDORTHEWATTYS2022 |
O corpo.
As palavras soam como um estalo na minha mente.
Olho para Daisy e Cassie no banco de trás, ainda assustadas, pálidas como se tivessem visto um fantasma. Destravamos os cintos e saímos do carro, ficando instantaneamente sóbrias, correndo na direção de Sarah, que está parada há alguns minutos diante do corpo jogado de barriga para baixo no meio da rua, nos impedindo de ver o rosto. (...)
Cassie se ajoelha e checa o pulso do garoto jogado diante de nós. Já sabemos a verdade, mas torcemos para que seu coração ainda esteja batendo. Torcemos para que ainda haja esperança.
Mas não há.
Ela vira o corpo para cima para vermos o rosto. E lá está ele: Dylan Hastings, de olhos abertos, mas não vivo. Há sangue espalhado por todo o seu corpo, e recuo para trás assim que vejo. Seus olhos, que mais cedo estavam sorridentes, agora já não expressam nada além de um enorme vazio. Sinto uma pontada no estômago. A qualquer momento posso vomitar.
Dylan Hastings está morto. E nós somos as responsáveis por isso.