A magnifica Verônica G. Bettencourt é simplesmente perfeita. Casada com Santo Bettencourt, herdeiro da maior empresa de alimentos do estado, ela é mãe de quatro filhos. Quando a morte da sua unica irmã ameaça seu legado de perfeição ela decide acolher o unico sobrinho, Ravel.
Ravel Gamperle é um garoto cheio de traumas. Fruto de um incesto não chegou a conhecer o pai. Ele foi criado pela mãe em São Paulo até que esta morreu deixando-o sozinho. Apesar de todos os desafios, Ravel sabia viver a vida muito bem. Quando sentia panico, ele costumava se drogar ou beber até o corpo anestesiar e quando nenhuma das opções funcionavam ele buscava pelo sexo e gozava até seu corpo parar. Apesar de tudo ele sabia que poderia ser alguém além das suas expectativas se não fossem pelos sonhos horriveis que sempre teve desde criança e que começaram a se tornar visões terriveis.
Agora sua mãe estava morta e quando sua guarda foi dada para sua tia distante ele não teve outra opção se não se mudar para a cidade histórica onde ela vivia e tentar uma vida nova. O que logo não deu certo.
Foi por isso, que na noite do grandioso noivado do primo Allan, ele decidiu saltar na piscina e encher seus pulmões de água até que encontrasse com sua mãe e juntos flutuassem pela eternidade.
Quando seus pulmões começam a se encher e sua visão escurecer ele sentiu a água vibrar e mãos fortes lhe puxar. Ravel acorda sentindo os lábios de Miguel, lindo e masculo, com seus olhos deprimidos e preocupados. Não era racional. Então, ele o beija com toda força do mundo até que seus dentes rasguem seus lábios. Quando acorda no hospital ele se da conta de tudo o que aconteceu. Poderia tentar na próxima noite, afinal, a piscina estava no jardim da mansão dos tios, mas já era tarde demais. Estava apaixonado. Talvez, Florence estivesse certa, é sempre escuro antes do amanhecer.