Desculpa, não viramos princesas

Emily é uma garota autista de 18 anos, vivendo em uma casa com paredes que parecem mais altas do que o normal. Sua família, ignorante sobre o autismo, não compreende sua mente única e a maneira como ela vê o mundo. Eles a chamam de "distraída", "sonhadora" e "diferente".

A história mergulha na mente de Emily, explorando seus pensamentos, suas sensações e suas lutas diárias. Ela vê o mundo através de um filtro mágico, onde as cores são mais vibrantes, os sons mais intensos e as texturas mais palpáveis. Cada detalhe é amplificado, e ela se perde nas nuances que os outros ignoram.

Emily tem um hiperfoco especial: as princesas. Elas dançam em sua mente como personagens de contos de fadas. Ela estuda suas histórias, suas personalidades e suas jornadas. As princesas são suas amigas silenciosas, companheiras em um mundo que muitas vezes a deixa confusa e ansiosa.

Mas a realidade também está lá. Os ruídos da rua, as luzes fluorescentes, os olhares julgadores. Emily se esforça para se encaixar, para entender as regras sociais que parecem tão ilógicas. Ela quer ser aceita, mas a ausência de um diagnóstico torna tudo mais difícil. Ela não é "óbvia" como algumas pessoas com autismo. Ela é uma camaleoa, mascarando suas lutas para se adaptar.

A magia está em sua pureza. Emily não mente, não julga e não guarda rancor. Ela vê beleza nas pequenas coisas: uma folha caindo, um sorriso gentil, uma música que a faz sentir como se estivesse flutuando. Ela é uma princesa em seu próprio conto, enfrentando dragões invisíveis e buscando um lugar onde possa ser ela mesma.

A história de Emily é uma jornada de autodescoberta, de aceitação e de encontrar a própria voz. Ela não precisa de um príncipe encantado; ela tem as estrelas. E, no final, talvez a magia esteja em ser exatamente quem ela é. 🌟✨