Rosé era o que chamavam de pacata e previsível, Jennie o que chamavam de rebelde sem causa. Ambas percorriam caminhos desagradáveis pelos seus objetivos. Para Jennie, o trabalho de seu pai em troca da liberdade. Para Rosé, a esperança de um futuro no campo, longe das pessoas e da cidade. O que ambas tinham em comum? Os caminhos que trilhavam eram os mesmos e logo Rosé passou a notar aquela garota de olhos felinos e expressão emburrada em todo caminho que cruzava. No caminho massante de Busan até Seul, naquele metrô abafado, Jennie embarcava com pressa um pouco depois de si, às 5:30 da manhã e saía primeiro que ela, às 7:40, apressada caminhando pelo mesmo caminho que ela, até a Kim's Comunication Corporation ou K.C.C. Rosé mantinha distância, observando de longe aquela garota com interesse e ao longo de um ano ela descobrira quase tudo sobre si que não fosse alcançado por conversa. Jennie, filha do seu chefe, era intrigante por muitos motivos e descobrir que ela também fazia agronomia na Korea Internacional University só a fazia refletir mais sobre como mesmo assim nunca haviam trocado duas palavras. Pra Rosé, Jennie era um passatempo nas horas entediantes. Para Jennie, Rosé era a estagiária bochechudinha do setor de baixo. E naquele dia, elas trocaram as duas palavras e um pouco mais. As coisas estavam caminhando para acontecer...
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